Uma das maiores ilusões é acreditar que está no outro nossa felicidade…
Essa ilusão, inevitavelmente, nos traz desilusão (a visita da verdade).

Ao projetarmos fora, ficamos na dependência de que o outro (e o mundo) seja como idealizamos… e ninguém está aqui para “ser” para nós.

É uma responsabilidade impossível de se atender…
Nem nós para alguém, nem alguém para nós.

Essa forma de se relacionar traz cobrança, peso, adoece a natureza de cada um…
E é exatamente em nossa natureza, que podemos nos expressar no melhor.

Ao desejar algo diferente, não é mais aquela pessoa que está ali, mas alguém que se formou para nos agradar (e nós a alguém).

Mas a natureza é soberana e grita para viver… o máximo que podemos fazer é tentar anestesiá-la com drogas, remédios e outros meios… mas ela ainda está lá, adormecida. Ao fazer isso, não sentimos mais nada: nem dor, nem o amor…

A vida fica sem sentido, literalmente… Se perde o gosto pelo viver e tudo se torna cinza, chato e sem graça. É como se tivéssemos um pé de laranjas e nos cobrassem para que nascecem mangas… Não frutificamos mais a laranja (porque elas não são aceitas) muito menos as mangas (que não é nossa natureza). Não damos mais nada… paramos de viver e começamos a sobreviver.

Quando você se aceita como é, e aceita o outro como ele é, não haverá mais desilusão…

Simplesmente, quando as energias não se encaixam mais, há o entendimento de que é hora de seguir caminhos diferentes… e encontrar um lugar, um alguém, que realmente nos queira como somos… Se sentir acolhido e amado, sem precisar se tornar um mosaico fake do querer alheio.

Para isso, em primeiro lugar, você precisa se autorrespeitar… se amar e não ter medo de perder as pessoas que estão ao seu lado por não ser o que elas desejam.

Se dê as mãos… siga em frente com você mesmo…
Não se traia, não se abandone, não se iluda!

Sua eterna companhia sempre será você … todos (sem exceção), um dia irão partir (por um motivo ou por outro), outros podem até chegar… mas a única pessoa que sempre ficará ao seu lado é você… sempre você.

Se orgulhe de ser a laranja mais linda e doce que a natureza criou e deixe para as mangueiras o dom natural de ser mangas.

Fonte: Mulher