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Milho semeado dentro da janela ideal não teve problema com falta de chuvas em Mato Grosso

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A semeadura da maior parte das lavouras de milho em Mato Grosso dentro da janela ideal prevista pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) evitou perdas devido à redução das chuvas a partir de abril. A informação faz parte do Boletim Agrometeorológico nº18, divulgado pela Embrapa Agrossilvipastoril.

O documento mostra o comportamento da chuva nos seis primeiros meses de 2022 em Mato Grosso, como forma de subsidiar setor produtivo e instituições de crédito e seguro rural na avaliação sobre o que ocorreu na segunda safra no estado.

De acordo com o boletim, os três primeiros meses de 2022 tiveram chuvas satisfatórias e bem distribuídas em todas as regiões mato-grossenses, o que favoreceu o desenvolvimento das lavouras semeadas dentro da janela ideal, que se inicia em 1º de janeiro, considerando o risco de 20% de frustração de safra. O Zarc prevê ainda faixas de risco de 30% e 40%, cujas janelas se encerram em diferentes datas, conforme o município e o tipo de solo. A partir de abril, no entanto, as chuvas reduziram na região centro-sul do estado e ficaram escassas em maio em todo Mato Grosso.

“O plantio dentro da janela ideal acabou mitigando possíveis impactos negativos na grande maioria das lavouras de milho segunda safra no estado. Além disso, no mês de junho as chuvas retornaram em grande parte do oeste de Mato Grosso, favorecendo algumas lavouras de milho mais atrasadas”, afirma o documento.

A semeadura do milho dentro da janela foi possível graças ao início antecipado das chuvas no segundo semestre de 2021, possibilitando a semeadura mais precoce da soja, que pôde ser colhida mais cedo, dando lugar ao milho. O comportamento da chuva na safra pode ser conferido no Boletim Agrometeorológico nº 17, publicado em março.

O Boletim Agrometeorológico traz os dados da estação meteorológica automática da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). De acordo com os registros, a precipitação acumulada nos seis primeiros meses foi o menor dos últimos quatro anos, com 1.273 mm. Em janeiro, fevereiro e março os acumulados foram respectivamente de 291,9mm, 457,9mm e 447,7mm. Em abriu a precipitação total registrada caiu para 74,9 mm e em maio não houve registro de chuva. Foram os menores valores para os dois meses nos últimos cinco anos.

O acompanhamento do balanço hídrico sequencial mostra que o armazenamento de água no solo reduziu significativamente em relação à capacidade máxima mais cedo em 2022, já no mês de abril apresentando dados negativos e sem recuperação no mês de maio.    

“Apesar do clima seco impactar no desenvolvimento das derradeiras áreas semeadas, a condição está favorecendo a maturação natural do milho, assim, facilitando o alcance do ponto de umidade dos grãos para a colheita”, diz o boletim.

Boletim Agrometeorológico

Há seis safras a Embrapa Agrossilvipastoril divulga três edições do Boletim Agrometeorológico. A primeira mostra o comportamento das chuvas na semeadura da safra de soja e é lançado em novembro. O segundo é divulgado em março e retrata a colheita da oleaginosa e semeadura das culturas de segunda safra. O terceiro é divulgado em junho, quando as chuvas se encerram é começa a colheita.

O Boletim é um produto destinado a atender uma demanda do setor produtivo e de agentes de crédito e seguro rural por documentos oficiais que subsidiem o pagamento de seguro em caso de frustração de safra provocada pelas condições climáticas.

Todas as edições do boletim estão disponíveis em www.embrapa.br/agrossilvipastoril/biblioteca.

Fonte: Embrapa

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Pesquisa Sebrae mostra que cafeicultores brasileiros inovam para ganhar destacar no mercado global

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Uma revolução silenciosa está em curso nos campos de café do Brasil, o líder mundial na produção de café e o segundo maior mercado consumidor. Os produtores de café estão buscando formas de se destacar em um mercado global cada vez mais competitivo, revela uma pesquisa recente do Sebrae.

De acordo com o estudo, cerca de um terço dos cafeicultores já adotam práticas de cultivo orgânico, parcial ou integralmente. Além disso, 27% dos produtores investem em cafés com Indicação Geográfica (IG), uma certificação que assegura a procedência e qualidade do produto. Esse movimento reflete não apenas a preocupação ambiental, mas também a demanda crescente por produtos diferenciados e sustentáveis no mercado nacional e internacional.

O Brasil já exporta aproximadamente 10 milhões de sacas de cafés especiais por ano, com potencial para aumentar essa produção para até 38 milhões de sacas em regiões reconhecidas com Indicação Geográfica. Os estados de Minas Gerais e São Paulo se destacam nesse cenário. Mais de 60% dos produtores possuem alguma forma de certificação, enquanto 80% mostraram interesse em políticas de créditos de carbono.

Para Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional, esses dados indicam uma conscientização crescente sobre sustentabilidade e inovação entre os cafeicultores brasileiros. Eles estão adotando tecnologias digitais para promover seus produtos e demonstram interesse em práticas como plantio agroecológico e créditos de carbono.

A pesquisa delineou o perfil do cafeicultor brasileiro: em sua maioria, homens brancos acima dos 36 anos, com formação superior. A cafeicultura é frequentemente uma tradição familiar, com muitos produtores representando várias gerações no negócio.

Plataformas digitais como Whatsapp, Instagram e Facebook são as principais ferramentas de marketing, com 86% dos produtores utilizando-as para promover seus produtos. Esse movimento reflete a crescente importância da presença online para alcançar consumidores interessados em produtos de qualidade e práticas sustentáveis.

A combinação de sustentabilidade, qualidade e uso estratégico de tecnologia posiciona o Brasil como um líder na produção de café, com oportunidades significativas para os produtores locais. O futuro da cafeicultura brasileira parece promissor, alimentado por um compromisso crescente com a qualidade e a responsabilidade ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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