POLÍTICA NACIONAL
Governo federal aponta retomada econômica do Rio Grande do Sul após tragédia de enchentes

Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (12), o titular da secretaria extraordinária do governo federal para a reconstrução do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, destacou a união de esforços que já se reflete na retomada econômica do estado após a tragédia de enchentes e inundações do ano passado. Segundo Hassen, a previsão inicial de recessão foi substituída por efetivo crescimento do PIB estadual.
“No mês da tragédia, em maio, a arrecadação do Rio Grande do Sul era estimada em R$ 3,9 bilhões e foi de R$ 3,2 bilhões. Em junho, a economia do estado já começou a se recuperar. Em julho, já estava R$ 580 milhões acima da estimativa anterior ao desastre. E a arrecadação acumulada de maio a outubro de 2024 ficou R$ 1 bilhão acima do projetado antes das enchentes”, disse. “Não há dúvida de que os aportes do governo federal, do poder público e a força da população gaúcha permitiram que a economia do Rio Grande do Sul crescesse mais que todos os outros estados brasileiros no ano passado”, completou Hassen.
Maneco Hassen participou de audiência da Comissão Especial sobre Prevenção e Auxílio a Desastres Naturais, onde apresentou balanço detalhado das ações federais no Rio Grande do Sul. Ele destacou o total de R$ 141 bilhões em ações do governo federal no Rio Grande do Sul desde o início desta tragédia. Entre os gastos estão:
- R$ 2,1 bilhões em auxílio à reconstrução para 429 mil famílias;
- R$ 4,5 bilhões para disponibilizar 22 mil residências no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida Reconstrução;
- R$ 31 bilhões do BNDES e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) no apoio a 66 mil empresas;
- R$ 8,9 bilhões em descontos e crédito para 147 mil produtores rurais;
- R$ 1,4 bilhão em planos de defesa civil aprovados para 269 municípios gaúchos; e
- R$ 23 bilhões relativos à suspensão da dívida do estado com a União.
O presidente da comissão, deputado Leo Prates (PDT-BA), lembrou o apoio unânime do Congresso Nacional às iniciativas de socorro e apoio à plena retomada das atividades do estado. Prates agendou nova visita dos deputados ao Rio Grande do Sul nos dias 13 e 14 de março. O relator da comissão, deputado Gilson Daniel (Pode-ES), reforçou a cobrança por medidas efetivas.
“Não só na recuperação, mas principalmente na prevenção dos riscos de desastre, essa comissão tem feito um papel de discussão desses temas, buscando soluções. Nós queremos, ao final dos trabalhos no segundo semestre desse ano, ter um relatório que ajude o país nesses períodos que estamos passando”, apontou.
Ajuda das Forças Armadas
Representantes das Forças Armadas também participaram da audiência. Entre os principais desafios enfrentados, o comandante de Operações Terrestres do Exército, Gustavo de Oliveira, lembrou que, em Lajeado, o nível do rio subiu o equivalente à altura de um prédio de cinco andares. Em Faxinal do Soturno, o volume de chuva foi de quase 39 mil piscinas olímpicas. No pico das chuvas, a vazão do Lago Guaíba foi 21 vezes maior do que a das Cataratas do Niágara. Situações como essas foram enfrentadas pela Operação Taquari, que funcionou por oito meses ininterruptos. Oliveira a classificou como um “caso de sucesso”.
“A força terrestre fez tudo o que se faz em uma guerra: a diferença é que não teve nenhum tiro e que as mortes, ainda que existissem na Taquari, foram muito menores do que numa guerra”. disse.
A Aeronáutica detalhou as operações de socorro sediadas na Base Aérea de Canoas, devido à interdição do aeroporto Salgado Filho. O comandante do Navio Atlântico, Eugênio Huguenin, lembrou os quase 2 mil resgates de pessoas em áreas de risco e fez apelo por ampliação dos recursos, diante da maior frequência de eventos climáticos extremos.
“Enquanto estava tendo alagamento e enchente lá no Sul, lá no Nordeste estava tendo seca, lá no Pantanal estava tendo queimada. Para a gente poder colaborar e contribuir com a defesa civil, nós precisamos de previsibilidade no nosso orçamento”, enfatizou.
O desastre
As inundações no Rio Grande do Sul começaram no fim de abril do ano passado, com volumes recordes de chuva que desaguaram no Lago Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, e ficaram represadas na Lagoa dos Patos. Ao todo, 183 pessoas morreram na tragédia. Houve uma corrente internacional de solidariedade: ao todo, o governo federal distribuiu 35 mil toneladas de doações vindas de outros países e de outros estados. As Forças Armadas distribuíram outras 153 mil toneladas.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados


POLÍTICA NACIONAL
Damares cobra posicionamento diante de violações de direitos humanos em guerras

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), afirmou que o governo brasileiro precisa ter um posicionamento claro diante de violações dos direitos humanos em regiões onde acontecem conflitos armados. Ela fez referência à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e aos conflitos entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
As afirmações foram feitas nesta quinta-feira (20), durante uma audiência pública realizada na comissão a pedido da própria Damares (REQ 10/2025). De acordo com ela, a CDH realizará um ciclo de debates sobre as violações de direitos humanos.
— Entendo que não cabe mais neutralidade do Parlamento. São países que têm relacionamentos diplomáticos conosco, estão em conflitos e nós apenas observamos. Essa comissão terá a ousadia de se posicionar e provocar o Congresso Nacional como um todo. O governo e a nação brasileira precisam ter um posicionamento. Se nos omitirmos hoje, poderemos ser no futuro as vítimas — alertou.
Ucrânia
A advogada e ativista ucraniana Olexandra Matviitchuk afirmou na CDH que o aspecto humano tem sido ignorado nas tratativas por um cessar-fogo na Ucrânia, citando conversas entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin. Matviitchuk é presidente do Centro de Liberdades Civis, organização que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2022.
— Peço que vocês nos ajudem a resgatar as 20 mil crianças ucranianas que foram arrancadas de forma ilegal do nosso território. O que tentam fazer, de forma autoritária, é reprogramá-las psicologicamente e, infelizmente, elas não conseguem lutar contra isso. Nessas primeiras conversas sobre paz falaram sobre minérios, territórios, interesses geopolíticos, mas não tratam sobre pessoas — lamentou.
Andrii Borodenkov, conselheiro para questões econômicas da embaixada da Ucrânia, agradeceu ao apoio dado pelo Brasil desde o início a guerra com a Rússia. Ele lembrou que, em novembro do ano passado, a senadora Damares esteve na Ucrânia com uma comitiva de parlamentares para uma missão oficial. Ao falar sobre o conflito, ele relembrou a importância do direito internacional.
— A Ucrânia defende não apenas sua integridade territorial, mas também a ideia do direito internacional, da dignidade humana e dos direitos fundamentais que são os principais pilares do mundo civilizado. O mundo não tem o direito de permanecer em silêncio. Se os crimes contra a humanidade não forem punidos, eles se repetirão. Amanhã isso poderá ocorrer em qualquer outro lugar.
Israel
Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine afirmou que é preciso combater com “severidade” grupos como o Hamas, que classificou como terroristas. Na avaliação dele, informações que circulam sobre Israel são “equivocadas”.
— Muitas vezes, quando falam sobre direitos humanos no contexto de Israel, a parte da violação dos direitos humanos israelenses não é mencionada. O Hamas humilha e mata mulheres, crianças, animais, promovem estupro coletivo. Eles usam palestinos inocentes como escudos humanos contra qualquer ataque israelense e, infelizmente, muitos deles são atingidos durante a guerra — argumentou.
O deputado federal Domingos Sávio (PL-MG) disse que é preciso haver “resistência em favor das pessoas de bem, da civilidade e dos princípios e valores cristãos”. O parlamentar criticou as ações realizadas pelo Hamas no território israelense.
— Estamos ao lado de Israel neste momento terrível em que não houve apenas uma provocação de guerra, mas de terrorismo. Aqueles que tomaram todos os tipos de iniciativas hediondas não se curvam aos princípios civilizatórios do respeito ao povo e à soberania de Israel — resumiu.
Civilidade
Para Clarita Maia, consultora legislativa do Senado e presidente da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB/DF), é fundamental trazer “sanidade e clareza” ao debate público. Ela reforçou que as pessoas que querem “trazer ódio” para o Brasil não podem encontrar terreno fértil.
— O Parlamento é o DNA da democracia e, no entanto, tem servido, às vezes, como caixa de ressonância de ódio. Temos que voltar a trazer dignidade ao debate público e procurar extirpar, no sentido da assertividade moral, aqueles que querem pregar o ódio civilizacional, étnico e religioso por trás de críticas políticas enviesadas — concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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