POLÍTICA NACIONAL
“Bolsonaro brinca de ser presidente”, diz Doria após deboche da CoronaVac


O governador do estado de São Paulo , João Doria (PSDB), reagiu ao deboche do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desta quarta-feira (13) em relação à eficácia da CoronaVac , imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica Sinovac Biotech, e disse que ele “brinca de ser presidente”.
“Lamentável a declaração do presidente Bolsonaro sobre a vacina do Butantan. Ao invés de comemorar o fato do Brasil ter um imunizante seguro e eficaz para combater a pandemia, ele ironiza a vacina. Enquanto brasileiros perdem vidas e empregos, Bolsonaro brinca de ser Presidente”, escreveu o tucano em uma publicação no Twitter
Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto sobre a importância das vacinas, Bolsonaro riu ao perguntar a um dos presentes se “essa de 50% é uma boa?”. Na sequência, o presidente disse que as pessoas estão “vendo a verdade”.
“O que eu apanhei por causa disso… Agora estão vendo a verdade. Estou há quatro meses apanhando por causa da vacina. Entre eu e a vacina, tem a Anvisa. Não sou irresponsável. Não estou a fim de agradar quem quer que seja”, afirmou Bolsonaro.
A corrida pelas vacinas contra a Covid-19 tem sido um dos principais pontos de confrontos entre Doria e Bolsonaro, que são adversários para as eleições de 2022. A Coronavac deu mais visibilidade ao governador de São Paulo e Bolsonaro é acusado de atuar, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que Doria não se beneficie politicamente da aprovação do imunizante.


POLÍTICA NACIONAL
Oposição protocola pedido de impeachment de Bolsonaro e quer CPI com foco na pandemia

Seis partidos de oposição protocolaram nessa quarta-feira (27) novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro na Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados. PT, PDT, PSB, PC do B, PSOL e Rede denunciam crime de responsabilidade de Bolsonaro, sobretudo por 15 ações ou omissões no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e da situação sanitária em Manaus, agravada pela falta de oxigênio nos hospitais.
O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), lembrou que o próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já afirmou que obedece às ordens de Bolsonaro. Guimarães citou o que considera essencial neste 64° pedido de impeachment registrado na Câmara contra o atual presidente da República:
“Por que esse pedido é diferenciado? Porque ele está embasado no direito supremo à vida. Uma coisa já justificaria e permite identificar o crime de responsabilidade do governo: a falta de oxigênio. Alguns dizem que a responsabilidade é de Pazuello, mas não tem como separar Pazuello de Bolsonaro. Os dois foram omissos, criminosos, antivida”.
Fundamentos
O pedido da oposição é embasado na Constituição e na Lei do Impeachment, de 1950. O texto cita falta de coordenação nacional no enfrentamento da pandemia, mesmo diante dos cerca de 215 mil mortos por Covid; descumprimento da lei de medidas emergenciais contra a pandemia; efeitos negativos da “guerra ideológica” com a China; e negligência na administração de verbas públicas.
A oposição incluiu um documento do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo, com a compilação de atos e manifestações de Bolsonaro por uma “estratégia de propagação de vírus” para acelerar a chamada imunização de rebanho e retomar a economia.
Em nome da liderança do PSOL, a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) citou outras ações do governo que, na visão da oposição, justificariam o impeachment: “É óbvio que a prioridade sempre foi combater a Covid, mas tirar Bolsonaro é uma medida sanitária para preservar a vida do nosso povo. Não é que ele não ajudou a ciência, ele combateu a ciência. Não é que ele negligenciou a vacina, ele boicotou a vacina. Bolsonaro demitiu dois ministros da Saúde por seguirem a ciência e colocou um paraquedista, que é um pau mandado. Eles estiveram em Manaus e, em vez de mandarem oxigênio, venderam tratamento precoce com cloroquina”.
O líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), lamentou que outros pedidos de impeachment não tenham avançado na Câmara: “O PDT foi o primeiro partido a propor o impeachment de Bolsonaro, ainda no ano passado, pelo cometimento de crimes contra a democracia, as instituições, o Parlamento e o Supremo Tribunal Federal. A pandemia estava só começando. Agora, somam-se outros crimes. Nós sabemos que remédio para governo ruim é eleição e voto. O impeachment é um remédio jurídico e parlamentar para governo que comete crimes de responsabilidade e esses crimes estão acontecendo a olhos vistos”.
Abertura de CPI
Juntamente com o protocolo do pedido de impeachment, os seis partidos de oposição iniciaram a coleta das 171 assinaturas de deputados necessárias para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as ações do governo federal durante a pandemia, como explicou o líder do PSB, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ): “Estamos pedindo o impeachment de Bolsonaro e a instalação de uma CPI específica para averiguar as responsabilidades do ministro da Saúde e do governo Bolsonaro, inclusive do presidente da República, no enfrentamento da pandemia”.
A oposição prevê manifestações a favor do impeachment de Bolsonaro para 31 de janeiro e 21 de fevereiro. A garantia de vacina para todos e a prorrogação do auxílio emergencial também farão parte da campanha.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Cláudia Lemos
-
POLÍTICA NACIONAL5 meses atrás
Ampliação da dispensa de licitação durante pandemia é aprovada no Senado
-
POLÍTICA RONDONÓPOLIS5 meses atrás
Confira o resultado da Enquete com os pré-candidatos a prefeito de Rondonópolis
-
MATO GROSSO6 meses atrás
Reeducandos vão atuar no combate a queimadas urbanas em Poconé
-
POLICIAL5 meses atrás
DOAÇÃO DE SANGUE
-
RONDONÓPOLIS5 meses atrás
Temperatura cai e deve chegar a 4° C em Rondonópolis
-
AGRONEGÓCIO4 meses atrás
InovaAvi está chegando
-
AGRONEGÓCIO4 meses atrás
Reforma Tributária
-
AGRONEGÓCIO3 meses atrás
Nota de Pesar