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Audiência pública debate prevenção e tratamento para câncer de cabeça e pescoço

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Ações de prevenção e combate ao câncer de cabeça e pescoço foram debatidas durante audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na tarde desta segunda-feira (15). Os participantes do evento discutiram políticas públicas eficazes no atendimento desse conjunto de 17 doenças. Esses cânceres atingem áreas como nariz, lábios, língua, gengivas, mandíbulas, laringe, tireoide e faringe.

Requerente do debate, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) ressaltou que o câncer de cabeça e pescoço ainda é desconhecido pela população. “Então, o objetivo aqui é de os profissionais falarem e levarem esse conhecimento até a sociedade mato-grossense, principalmente com relação ao diagnóstico e onde procurar os profissionais. Muitas vezes as pessoas são desinformadas e acabam achando que é o médico o responsável pelo diagnóstico deste tipo de câncer. E na realidade são os profissionais da odontologia, que muitas vezes estão muito mais próximos”, explicou o parlamentar.

A discussão na Casa de Leis também é uma das ações da Campanha Julho VerdeLei Federal nº 14.328, promovida pela Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ABCG) para conscientizar sobre o tema. Dentista da rede municipal de Cuiabá e voluntária da organização, Karine Kido, defendeu a importância do diagnóstico precoce. “Com isso, a gente consegue salvar vidas e diminuir a questão da reabilitação, saindo um custo muito menor para o Estado, para o município”, disse.

Para essa detecção, é importante que as pessoas procurem odontologistas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sempre que houver alguma alteração na boca. “São feridas que não cicatrizam em 15 dias, alguma manchinha branca, uma afta que aparece e não cicatriza. É importante ir ao dentista e verificar isso. Essas feridas também são indolores. Normalmente, a gente fica impressionado com coisas que sangram, feridas extensas, mas é importante ver, inclusive, as lesões brancas que podem cancerígenas”, alerta Karine Kido. Ela ainda afirmou que quem faz uso frequente de álcool, cigarros tradicionais ou eletrônicos (vapes, pods) é ainda mais suscetível às doenças na região da cabeça e pescoço.

A coordenadora de Saúde Bucal de Mato Grosso, Andréa Coelho, informou que está em funcionamento nos municípios um aplicativo que permite serem cadastradas as lesões. “Os dentistas já foram capacitados para usar. Qualquer lesão encontrada, o profissional coloca no aplicativo e a partir daí nós temos até 48 horas para devolver uma avaliação, dizer como deve proceder, todo o caminho que deve percorrer para a nossa linha de cuidado do câncer bucal”, apresentou.

“A gente tem uma dificuldade muito grande em relação aos homens, porque é uma população que não busca muito o serviço”, expôs o assessor técnico da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gustavo Ribeiro. No estado, foram registrados 120 casos em homens a cada 100 mil habitantes. Já em mulheres o número cai para 30 casos a cada 100 mil habitantes. Entre os desafios relatados pelos profissionais da saúde pública também está a demora para a realização de cirurgias, com pacientes aguardando há muito tempo na fila.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

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Deputado do Araguaia pede respeito da indústria da soja e que produtores precisam só respeitar Código Florestal

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O deputado Dr. Eugênio de Paiva (PSB) pediu à indústria compradora de soja que respeite o produtor de Mato Grosso e que a chamada moratória do produto seja suspensa definitivamente. Ele fez a defesa durante a audiência pública na Comissão da Agricultura e Reforma Agrária do Senado, nesta quarta-feira (23), no Senado, em Brasília.

A moratória da soja foi um acordo celebrado em 2006 por empresas da indústria de processamento para a não comercialização da soja de área de desmatamento na Amazônia Legal. Foi uma barreira não tarifária válida a partir de julho de 2008 das empresas e Organizações Não Governamentais (ONGs) compradoras da mercadoria no mercado internacional.

“Que possamos nessa conciliação fazer com vocês da indústria respeitem os nossos produtores. E que nossos produtores respeitem o Código Florestal. E que o Governo de Mato Grosso olhe para nossos produtores e para nossas maiores riquezas que são nossas commodities”, propôs a solução Dr. Eugênio, o Deputado do Araguaia.

Ele fez a sugestão diante do discurso de conciliação proposto pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar.

“É fazer com que nossos produtores não fiquem reféns das “tradings”, que fazem os seus cartéis, e colocam o preço onde elas querem, fazendo reféns nossos produtores”, reforçou Dr. Eugênio.

Ele disse ainda que no passado, se for olhar o currículo dos representantes da indústria, “eles não foram tão defensores da preservação do meio ambiente”, como quiseram fazer valer com a moratória da soja.

Araguaia – Dr. Eugênio citou também na audiência pública no Senado o exemplo dessas barreiras comerciais não tarifárias, a tentativa recente de enquadrar desde 2023 o território do Araguaia como se fosse bioma Pantanal, com a aplicação da Lei Estadual nº 8.830/2008, que dispõe sobre a Política Estadual de Gestão e Proteção da Bacia do Alto Paraguai. As áreas úmidas do Araguaia e Vale do Guaporé assim foram classificadas.

A restrição de uso de área no Araguaia, em termos de licenciamento ambiental, foi motivada por uma ação iniciada pelo Ministério Público Estadual e foi judicializada. Algo que causou insegurança e prejudicou a produção e desenvolvimento do Araguaia.

Foi necessário investimento de R$ 2,3 milhões da Assembleia Legislativa para realizar um estudo, em cerca de um ano, com equipe de 8 professores habilitados em solos, água e vegetação para comprovar cientificamente que as áreas do Araguaia e do Guaporé não são podem ser classificadas como Pantanal e nem enquadradas na Lei nº 8.830/2008.

Os estudos foram coordenados pelos professores João Carlos de Souza Maia, Virlei Alvaro de Oliveira e Emilio Carlos de Azevedo, da UFMT/Fundação Uniselva.

Fonte: ALMT – MT

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