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Queda de geleira na Itália deixa 19 desaparecidos e seis mortos

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Rompimento de geleira deixou mortos e feridos
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Rompimento de geleira deixou mortos e feridos

Equipes de socorro da Itália buscam 19 pessoas desaparecidas após o desabamento de um pedaço da geleira da Marmolada, um dos glaciares mais famosos e visitados do país, em uma tragédia que é atribuída por ambientalistas à crise climática.

Dessa forma, o número de mortes provocadas pelo acidente pode ser muito maior do que os seis óbitos confirmados até o momento.

O desabamento ocorreu no começo da tarde de domingo (3), na geleira que domina a montanha Marmolada, conhecida como “rainha das Dolomitas” por ser a mais alta dessa cordilheira que atravessa o extremo-norte da Itália, com 3.343 metros de altitude.

Além dos seis mortos e dos 19 desaparecidos, o incidente deixou oito feridos, sendo que dois estão em estado grave. Entre os falecidos estão pelo menos três cidadãos italianos – dos quais dois eram guias alpinos, ou seja, estavam acostumados com o ambiente de montanha – e um da República Tcheca.

A lista de desaparecidos inclui 11 cidadãos italianos e oito estrangeiros. As buscas prosseguiram durante toda a madrugada, inclusive com o auxílio de drones equipados com câmeras térmicas, mas o calor na região nesta época do ano torna as buscas mais perigosas devido ao risco de novos desabamentos.

Já o papa Francisco disse que reza pelas vítimas e por suas famílias e alertou para a crise climática no planeta. “As tragédias que estamos vivendo com as mudanças climáticas devem nos incentivar a buscar urgentemente novos caminhos de respeito pelas pessoas e pela natureza”, acrescentou o pontífice no Twitter.

Crise climática

vO acidente ocorreu em meio a uma das piores secas das últimas décadas na Itália, com drásticas reduções na cobertura nevosa das geleiras do extremo-norte do país devido aos baixos índices de precipitações.

Um estudo científico divulgado em meados de junho aponta que a camada de neve na geleira da Marmolada no fim de maio era de 714 milímetros, número 50% menor que a média do período. Além disso, o glaciar já perdeu mais de 80% de seu volume nos últimos 80 anos, e previsões apontam que ele pode desaparecer antes de 2050.

É comum ocorrer desabamentos em geleiras durante os meses de verão, já que elas são nada mais que enormes rios congelados descendo em direção ao vale, mas esses incidentes estão acontecendo em altitudes cada vez mais elevadas e cada vez mais cedo.

“Este ano é excepcional devido às poucas precipitações e ao calor, fazendo com que a fusão da cobertura nevosa do gelo em grande altitude tenha ocorrido de um a dois meses antes do normal. As previsões nos dizem que ainda temos pela frente três meses de calor, então o evento de ontem na Marmolada pode se repetir com maior frequência”, alertou o climatologista Roberto Barbiero, da Agência de Proteção Ambiental da Província de Trento.

“O aumento da temperatura nos Alpes já é um dado confirmado, com um índice de aquecimento que é o dobro da média global. Os glaciares nos cumes italianos são mais afetados pela redução [do tamanho] em relação aos austríacos e suíços porque estão mais expostos ao sol e a fluxos de ar quente”, acrescentou.

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Fonte: IG Mundo

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EUA impedem ONU de reconhecer Estado palestino como membro pleno

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Os Estados Unidos impediram nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) de reconhecer o Estado Palestino ao vetar, no Conselho de Segurança, a adesão plena dos palestinos à entidade global.  

Os EUA dizem que um Estado Palestino independente deve ser estabelecido por meio de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina, e não por meio de uma ação da ONU. O país vetou um texto de resolução que recomendava à Assembleia Geral da ONU, que tem 193 membros, que “o Estado da Palestina tivesse o status de membro recebido pelas Nações Unidas”.

O Reino Unido e a Suíça se abstiveram, enquanto os outros 12 membros do conselho aprovaram a resolução. 

Os palestinos possuem, no momento, o status de Estado observador não membro, um reconhecimento de fato como Estado que foi concedido pela Assembleia Geral em 2012. Mas a aplicação para se tornar membro da ONU precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança e por pelo menos dois terços da Assembleia Geral. 

A tentativa palestina de conseguir o status de membro ocorre após seis meses de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com o Estado judaico expandindo seus assentamentos na Cisjordânia ocupada. 

“A recente escalada faz ainda mais importante que se apoiem os esforços de boa-fé para buscar uma paz duradoura entre Israel e um Estado palestino totalmente independente, viável e soberano”, disse nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança. 

“O fracasso de se avançar para uma solução de dois Estados só vai aumentar a volatilidade e o risco para centenas de milhões de pessoas na região, que continuarão vivendo sob uma constante ameaça de violência”, afirmou. 

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que os palestinos não atingiram os critérios para se tornar um Estado-membro da ONU, listados por ele como: ter população permanente, um território definido, governo e capacidade de estabelecer relações com outros Estados. 

“A quem o conselho está votando para ‘reconhecer’ e dar status total de membro? Ao Hamas na Faixa de Gaza? À Jihad Islâmica Palestina em Nablus? Quem?”, perguntou Erdan ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira. 

Há tempos o Conselho de Segurança apoia a solução de dois Estados vivendo lado a lado dentro de fronteiras seguras e reconhecidas.

Os palestinos querem um Estado na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza, todos territórios capturados por Israel em 1967. 

A Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, exerce um governo limitado sobre a Cisjordânia. O Hamas derrubou a Autoridade Palestina do poder na Faixa de Gaza em 2007. 

 Ziad Abu Amr, enviado especial de Abbas, perguntou aos EUA: “Como isso pode prejudicar a perspectiva de paz entre palestinos e israelenses? Como esse reconhecimento e esse status de membro prejudicam a paz e a segurança?”.

* É proibida reprodução deste conteúdo

Fonte: EBC Internacional

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