RONDONÓPOLIS

MUNDO

Biden defende Finlândia e Suécia na Otan: ‘Farão a aliança mais forte’

Publicados

em

source
Presidente dos EUA, Joe Biden
Reprodução / Record News – 31.03.2022

Presidente dos EUA, Joe Biden

O presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou nesta quinta-feira seu apoio à entrada de Finlândia e Suécia na Otan , a principal aliança militar do Ocidente, afirmando que as duas nações já possuem os requisitos exigidos para fazer parte da organização, hoje com 30 integrantes. A medida, diretamente relacionada à invasão russa da Ucrânia, ainda precisa ser aprovada por todos os membros, e a Turquia vem apresentando objeções ligadas a disputas com os governos sueco e finlandês , que apresentaram suas candidaturas oficiais na quarta-feira.

Em declarações nos jardins da Casa Branca, ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, e da premier sueca, Magdalena Andersson, Biden disse que o dia é “histórico”, afirmando que se tratam de duas nações democráticas e independentes que estão a exercer seu direito de se juntar a uma organização “mais necessária do que nunca” para a segurança internacional. Ele lembrou que os dois países possuem forças militares robustas e que suas tropas já combateram ao lado da Otan em conflitos no Kosovo, Afeganistão e Iraque, e que hoje trabalham com outras nações “para defender o povo da Ucrânia da invasão russa”.

“Nós mantivemos consultas ao longo do tempo, enquanto Suécia e Finlândia tomavam suas decisões. Hoje, estou orgulhoso de garantir que eles possuem o apoio total e completo dos Estados Unidos da América”, disse Biden. “Finlândia e Suécia farão a Otan mais forte.”

Biden declarou ainda que os dois países atendem aos requisitos “elevados” para que se juntem à aliança militar e que vai submeter ao Congresso documentos para garantir que os EUA ajudem a acelerar o processo de adesão, que normalmente pode levar alguns anos.

“A Suécia e a Finlândia possuem instituições democráticas fortes, Exércitos fortes e economias fortes e transparentes. Além de um forte senso moral do que é o certo. Eles atendem a todos os requisitos da Otan e mais alguns”, apontou o líder americano.

A decisão pela adesão à aliança tomada pelas duas nações escandinavas rompe com décadas ou mesmo séculos, no caso sueco, de neutralidade militar, e foi diretamente motivada pela invasão russa da Ucrânia , um evento que levou à revisão de políticas que pareciam pétreas e à mudança da percepção das populações desses países sobre o movimento.

Afinal, o maior princípio da  Otan é o compromisso com a defesa mútua de seus membros, presente no artigo V da carta que rege a organização. Ali, está apontado que o ataque contra um de seus membros será considerado um ataque contra todos. Na prática, isso impediria qualquer tipo de ação direta russa contra os países, uma vez que poderia desencadear um conflito entre as duas maiores potências nucleares do planeta.

Contudo, o presidente não mencionou aquele que, hoje, é o principal empecilho a uma entrada rápida dos países na aliança: nos últimos dias, a Turquia vem se mostrando contrária à decisão , citando questões como a recusa de Finlândia e Suécia em extraditar pessoas acusadas de ligação com organizações consideradas terroristas, além da manutenção de um embargo sobre a venda de armas, pelo lado sueco, por conta de uma ofensiva militar na Síria, em 2019.

Antes das declarações de Biden, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, voltou a criticar a possível ampliação da Otan.

“Continuaremos nossas políticas de forma determinada. Já dissemos a aliados que vamos dizer não à entrada de Finlândia e Suécia”, declarou Erdogan, em entrevista a estudantes, na quarta-feira. “A Otan é uma aliança de segurança e não poderemos aceitar terroristas nela.”

Na Casa Branca, o líder finlandês afirmou que estava aberto a discutir as preocupações de segurança da Turquia, e que estava pronto para se comprometer com a segurança de Ancara.

“Condenamos o terrorismo em todas suas formas e estamos ativamente comprometidos a combatê-lo”, disse Ninistö. “Estamos dispostos a discutir todas as preocupações que possam ter em relação à nossa adesão de maneira aberta e construtiva.”

Na mesma linha, a premier sueca declarou que está conversando com todos os membros da Otan, inclusive a Turquia, para resolver possíveis questões em aberto. O impasse também foi discutido em Bruxelas, em reunião entre o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, e a premier dinamarquesa, Mette Frederiksen.

“A Otan inclui 30 aliados com diferentes histórias e geografias, partidos políticos e governos. Existem muitas diferenças. Temos uma longa história de resolução de divergências na Otan, tenho certeza de que também podemos resolver essa questão na mesa de negociações”, disse Frederiksen a jornalistas.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.


Fonte: IG Mundo

Propaganda

MUNDO

IICA quer debater criação de selo de agricultura familiar das Américas

Publicados

em

O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) quer discutir a criação de um selo comum de agricultura familiar das Américas. A proposta foi uma das apresentadas pelo diretor-geral do IICA, Manuel Otero, ao final das reuniões plenárias, a 42 lideranças rurais que participaram do primeiro Encontro de Líderes Rurais, promovido pela organização, na Costa Rica.

“Obviamente há países, e o Brasil é um claro exemplo, que têm avançado nisso. Mas, temos o direito de sonhar com um selo da agricultura familiar. Não é algo simples, mas temos o direito de sonhar”, disse Otero em entrevista à Agência Brasil.

No Brasil, o Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) identifica os produtos da agricultura familiar e é uma espécie de garantia aos consumidores de como aqueles produtos foram produzidos e da qualidade deles. Com o selo, os produtos passam a integrar um catálogo, que busca dar mais visibilidade a essa produção. A ideia é que haja um selo único para todos os países americanos, dando também visibilidade e facilitando o comércio. Isso esbarra, no entanto, nas legislações de cada país.

Além de discutir a criação desse selo comum, o IICA comprometeu-se a debater a formação de uma rede de bancos de sementes e de materiais genéticos de espécies de plantas nativas dos países americanos. Segundo Otero, aos bancos atuais estão mais dedicados a cultivos tradicionais como milho e trigo, mais deixam de fora espécies que crescem apenas nas Américas e que podem ser importantes para o futuro da humanidade.

Outro compromisso é a criação de um banco de experiências e soluções dadas principalmente por pequenos agricultores a desafios no campo como a falta de água, a seca, o desequilíbrio do solo e o combate a pragas. Cada um dos líderes foi escolhido justamente por ter experiências exitosas, que podem ser replicadas. “Acredito que o IICA pode fazer uma contribuição significativa sistematizando essas experiências”, disse Otero.

A organização comprometeu-se também a prestar apoio às lideranças rurais, a fortalecer a rede formada ao longo dos dias de encontro, assim como conectar esses produtores e suas comunidades a entidades e com financiamentos que possam ajudá-los a desenvolver a região. Outro compromisso é a atenção ao cooperativismo, que segundo Otero, necessita de ajustes, capacitação e melhoras normativas nos países.

“As reuniões são importantíssimas como ponto de encontro para nos energizarmos. Agora, vem o dia seguinte e temos que avançar com passos concretos, senão muitos desses esforços não dão em nada e, como diretor do IICA, não devo permitir isso”, acrescentou o diretor-geral.

Agricultura nas Américas

Na entrevista à Agência Brasil, Otero comemorou o encontro inédito. O IICA é uma organização chefiada pelos ministros e secretários de Agricultura dos 34 países das Américas que o compõem. “O IICA se relaciona com empresários e com acadêmicos de alto nível, com diretores de organizações não governamentais mas, às vezes, falta nos relacionarmos com as bases, com o campo. Para reparar essa falta, decidimos, há três anos, instituir o prêmio Alma da Ruralidade e começamos o trabalho de identificar esses líderes que hoje nos acompanham”, ressaltou.

Até o momento, 43 lideranças receberam esse título em quase todos os países americanos. Dessas, 36 participaram do primeiro Encontro de Líderes Rurais de forma presencial e seis, remotamente. “Essa reunião mostra a força do nosso continente à nível das comunidades rurais e a diversidade de realidades dessas comunidades”, destacou Otero. O encontro, que começou na terça-feira (16), tem como objetivo promover a troca de experiências e conta, além das reuniões plenárias, com visitas técnicas a empreendimentos sustentáveis na Costa Rica. A agenda termina no sábado (20).

Para Otero, os governos precisam dar atenção à agricultura familiar e viabilizar formas de tornar a vida no campo atrativa para as comunidades. “Nossos governos têm que entender que as comunidades rurais, os pequenos agricultores são peça fundamental em qualquer estratégia de desenvolvimento”, enfatizou.

Segundo dados apresentados pelo vencedor do Prêmio Mundial de Alimentação de 2020, Rattan Lal, que participou do evento por meio de gravação, a América Latina e o Caribe têm uma área florestal de 1 bilhão de hectares, que representa 28% do total mundial, e uma biodiversidade que representa 36% das espécies alimentares e industriais do mundo. Nessa região, 38% do uso da terra é agrícola.

Na América Latina, existem quase 15 milhões de pequenas propriedades agrícolas, dos quais 10 milhões são voltadas para a subsistência. A área voltada para a agricultura familiar é de 400 milhões de hectares.

De acordo com Otero, a América é o continente que está passando pelo maior processo de urbanização do mundo e a projeção é que, em 2050, 86% da população esteja vivendo nas cidades. No entendimento dele, isso é “uma péssima notícia para o mundo, porque as pessoas deixam de ser produtoras e passam a ser consumidoras”.

Os produtores, para ele, “São atores centrais, que nós dizemos que dão a vida para a ruralidade”. “Aí está a nossa preocupação. Em meio a um contexto de cenários turbulentos, marcados por guerra, por pandemia, pela mudança climática, eles são a variável de ajuste. Temos que defender a viabilidade dos agricultores familiares”, defendeu

*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Fonte: EBC Internacional

Continue lendo

ÚLTIMOS PROGRAMAS

RONDONÓPOLIS

mato grosso

POLICIAL

MAIS ACESSADAS