ECONOMIA
Ministério da Economia eleva projeção da inflação em 2022 para 7,9%


O Ministério da Economia elevou sua projeção de inflação para 2022 de 6,55% para 7,9% de acordo com o Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (19). Por sua vez, a expectativa de crescimento do PIB continuou em 1,5%, mesma projeção feita em março.
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Se a expectativa de alta nos preços for concretizada, a inflação ficaria acima do dobro da meta estipulada para este ano. Para 2022, a meta é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Uma inflação de 7,9% em 2022 também configuraria no segundo ano seguido em que a meta foi descumprida para cima. No ano passado, a inflação foi de 10,06%, bem acima da meta de 3,75%.
Nestes casos, o presidente do Banco Central precisa escrever uma carta ao ministro da Economia explicando as razões do estouro da meta e o que será feito para que ela seja cumprida no ano seguinte.
No boletim, a avaliação é de que alimentação e bebidas e o grupo de transportes, principalmente combustíveis, vem apresentando sucessivas altas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Há um destaque também para a inflação de serviços e de bens.
Para 2023, a projeção também subiu de 3,25% para 3,6%, ainda dentro do intervalo de tolerância da meta de 3,25% para o ano.
A partir de 2024, a expectativa é de convergência da inflação para a meta de 3%.
Essas expectativas servem como parâmetros para o relatório de Avaliação de Receita e Despesas que será divulgado na sexta-feira. Esse documento serve como base para decisões do governo de estabelecer contingenciamentos ou desbloquear recursos.
Crescimento
Na avaliação da Secretaria de Política Econômica, responsável pela confecção do boletim, o setor de serviços e a ampliação dos investimentos têm contribuído para a melhora do desempenho da atividade econômica. Para 2023, a expectativa de crescimento também permaneceu em 2,5%.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou brevemente da apresentação do boletim e disse que os dados estão confirmando as expectativas do governo para a atividade econômica neste ano.
“Ainda acho que podemos ter surpresas positivas ao longo do ano, mas de qualquer forma estamos seguindo com recuperação consistente e principalmente em função do nosso controle de gastos”, disse.
Segundo o ministro, o fiscal no Brasil “está forte” tanto no governo federal como nos estados.
“Estamos nos recuperando todos juntos, é a federação brasileira, como nós controlamos gastos, desindexamos despesas ao longo da pandemia, recuperamos com muita rapidez, saímos de déficit para a equilibro, 26 estados estão numa situação fiscal extraordinariamente melhor do que tinham e também 5 mil municípios em condições melhores exatamente porque soubemos controlar as despesas durante a pandemia”, afirmou.
O subsecretário de Política Macroeconômica da SPE, Fausto Vieira, disse que o mercado de trabalho está se recuperando, o que auxilia na retomada da atividade econômica. O Caged mostrou criação de vagas nos últimos três meses, mas com tendência de desaceleração no mercado formal.
“A melhora no mercado mostra que estamos já deixando para trás a crise da pandemia e conseguindo recuperar terreno, das consequências negativas da crise anterior, de 2016”, disse Vieira.
O documento também alerta para riscos externos, como a guerra na Ucrânia e o impacto na cadeia global de valor, que tem contribuído para altas na inflação em todo o mundo.
“O início de 2022 mostrou certo arrefecimento e acomodação da atividade global, dado o ambiente de incerteza gerado pelos reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia, em especial a continuidade das dificuldades de readequação das cadeias globais de suprimento e logística”, aponta.


ECONOMIA
Especialista ressalta a importância da população na sustentabilidade


Em 2022 o desmatamento da Amazônia cresceu 21%. O número é o maior nos últimos 7 anos. Segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), o número agora consta com 2.744,41 km² de áreas sob alerta da instituição.
Hoje, o Brasil se encontra como o quarto país que mais mata ativistas ambientais, de acordo com dados coletados do relatório da ONG Global Witness, perdendo apenas para a Colômbia, México e Filipinas. O ano de 2020 ficou marcado com o maior número de mortes desde 2012, quando o ranking foi criado. Com o recente desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo, a pauta trouxe novas conversas sobre políticas públicas de proteção do meio ambiente.
Para Victor Salviati, superintendente da organização Amazônia Sustentável, a questão brasileira vai além dos trâmites legais. “O problema não é a falta de políticas públicas, e sim a implementação”. Ele ressalta que a legislação brasileira é conhecida por ser moderna e abrangente, mas o número de garimpo e gado ilegal, além da falta de proteção dos povos indígenas, nos impossibilita de criar um ambiente sustentável.
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O ativista diz que as políticas públicas têm importância extremamente relevante na região. Na Amazônia, 80% da população vive na área urbana, enquanto os outros 20% vive em regiões rurais. Hoje, as ilegalidades são as principais ameaças para a biodiversidade.
Grilagem, roubo, pastos, narcotráfico, e a venda de madeira ilegal são os principais causadores da falta de sustentabilidade. Victor também cita a crise econômica, a pandemia e a ascensão de políticos que fazem vista grossa para tais atos como fatores que contribuíram para o avanço do desmatamento nos últimos anos.
A dicotomia entre preservação e proteção é um ponto relevante para a conversa quando se trata da Amazônia. Salviati diz que “proteger é não tocar, mas ela precisa ser em sua maioria preservada, e precisam de ajuda para mantêr as populações do local”.
Para ele, nos últimos vinte anos as empresas começaram a entender o papel ativo que elas representam nas comunidades e no meio ambiente. E embora existam marcas que utilizam o viés de sustentabilidade para vender e “fazer para inglês ver”, o especialista vê com bons olhos as ações das marcas nos últimos anos. Ele cita o exemplo de 2020, quando bancos e entidades católicas pressionaram Bolsonaro em carta aberta para agir pela Amazônia. Em suas palavras, “existe um movimento corporativo efetivo e prático, que faz efeito no território”
Como solução para os povos presentes em áreas afetadas pelo desmatamento ilegal, Salviati cita a agro-floresta, quando a plantação se une com a floresta já presente que incentiva a biodiversidade. “A inovação é transversal e importante para fazer com que a vida no planeta seja melhor”, diz o ativista.
Sobre a ação da população quando se trata do assunto, ele diz que “quando a gente se vê parte da natureza a gente se vê parte do problema e da solução”.
Para conferir a entrevista completa, confira o episódio do iGDeias no YouTube ou via podcast:
Fonte: IG ECONOMIA
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