RONDONÓPOLIS

ECONOMIA

Guedes diz que pode continuar no governo caso Bolsonaro seja reeleito

Publicados

em

source
Paulo Guedes foi alvo de pressão nos últimos meses após divergências sobre verba para emendas de relator e teto de gastos
Fernanda Capelli

Paulo Guedes foi alvo de pressão nos últimos meses após divergências sobre verba para emendas de relator e teto de gastos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (19) ser ‘natural’ sua manutenção no governo caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito em outubro. Entretanto, Guedes condicionou sua continuação aos acordos políticos e os rumos econômicos de um eventual próximo governo.

A declaração foi dada em um seminário promovido pela Arko Advice e Traders Club em São Paulo (SP). No evento, o ministro ressaltou acreditar na vitória da centro-direita nas eleições deste ano e reafirmou a necessidade de manter uma agenda econômica liberal.

“Acho que a centro-direita vai ganhar as eleições de novo. Se a coalizão seguir, é natural que eu ajude e esteja lá”, disse.

“É uma aliança de liberais e conservadores? Vão privatizar? Vai ter apoio? Se essa é a música, eu vou estar com 72, 73, vou estar entusiasmado, correndo atrás. Se a música mudar, estou velhinho, preciso descansar, preciso aproveitar minha vida”, concluiu o ministro.

A declaração de Guedes contraria a movimentação no Palácio do Planalto nos últimos meses. As ações econômicas são alvos de críticas de congressistas alinhados ao bolsonarismo e até dos filhos do presidente da República.

Durante as tratativas para o pagamento do Auxílio Emergencial, congressistas criticaram a falta de diálogo com Paulo Guedes e passaram a pressionar o ministro para validar a proposta da Câmara dos Deputados e do Senado. A pressão sobre o ministro aumentou após discordâncias sobre a verba destinada para emendas de relator. Enquanto Guedes quis reduzir o valor, deputados, senadores e a ala política do Planalto pleitearam o aumento da quantia proposta pela equipe econômica.

Em outubro, Guedes ameaçou deixar o Ministério da Economia após Bolsonaro ameaçar romper o Teto de Gastos. A declaração gerou forte desconforto na pasta, provocou uma debandada de secretários e deixou Paulo Guedes isolado no Planalto. A tensão, no entanto, foi reduzida após um encontro entre o ministro e o chefe do Executivo para aparar as arestas.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG

Sobre as polêmicas, Guedes afirmou que não liga para a política, por isso, fez inimigos. O ministro lembrou da possibilidade de ser demitido nos próximos quatro meses que antecedem as eleições presidenciais.

“Tô cagando para a política. Quero ajudar a dar certo, estou preocupado é com a população. Então, vamos fazendo inimigos”.

“A turma balança para ver se cai, mas eu tô lá. Ainda posso cair, faltam quatro meses”, disse.

Críticas à reeleição

No evento que apontava as perspectivas econômicas para o país neste ano, Guedes reafirmou a sua posição contrária à reeleição, mesmo com Bolsonaro tentando se manter no cargo neste ano. O ministro deu pistas de que a uma possível reforma política poderá ser uma das promessas de campanha do atual mandatário.

“Tomara que ele faça reforma política”, disse.

Guedes justifica um possível segundo governo de Jair Bolsonaro comparado com governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff, todos reeleitos para um segundo mandato.

“A reeleição é tragédia brasileira. Era melhor ter mandato de cinco anos. Sempre fui a favor de acabar com a reeleição”, concluiu.

Propaganda

ECONOMIA

Dólar cai para R$ 5,19, mas sobe 1,53% na semana

Publicados

em

Num dia de alívio no mercado internacional, o dólar caiu para abaixo de R$ 5,20. A bolsa de valores subiu pela segunda vez consecutiva.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (19) vendido a R$ 5,199, com recuo de R$ 0,044 (-0,96%). A cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 5,27 pouco depois das 9h, ainda sob a tensão dos ataques israelenses a instalações militares iranianas. Após a abertura dos mercados norte-americanos, no entanto, a moeda inverteu o movimento. Na mínima do dia, por volta das 15h30, chegou a R$ 5,18.

Apesar do recuo desta sexta, o dólar fechou a semana com alta de 1,53%. A divisa acumula valorização de 3,67% em abril e de 7,13% em 2024.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pelo alívio. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.124 pontos, com alta de 0,75%. Mesmo com as altas de ontem (18) e de hoje, o indicador caiu 0,65% na semana.

No mercado externo, o dólar passou a cair num momento de ajuste internacional, em que investidores aproveitam ganhos recentes para venderem a moeda e embolsarem os lucros. O esvaziamento das tensões no Oriente Médio, após a constatação de que o ataque de Israel provocou danos mínimos à infraestrutura iraniana, ajudou a amenizar o clima no cenário global.

Nas últimas semanas, a divulgação de dados que mostram o aquecimento da economia norte-americana tem provocado tensões no mercado. No entanto, a ausência de novos indicadores econômicos nos Estados Unidos ajudou a dissipar a turbulência nesta sexta-feira.

* com informações da Reuters

Fonte: EBC Economia

Continue lendo

ÚLTIMOS PROGRAMAS

RONDONÓPOLIS

mato grosso

POLICIAL

MAIS ACESSADAS