CARROS E MOTOS
Jeep Renegade Moab: o SUV a diesel mais em conta


Embora ainda esteja bem acima das possibilidades da maioria dos brasileiros, o Jeep Renegade Moab se torna o SUV a diesel mais em conta disponível no Brasil, com preço sugerido que parte de R$ 146.590. Para quem curte trilhas no meio do mato, o carro é uma boa pedida, uma vez que, além do conjunto mecânico valente, ainda tem o sistema de tração 4×4 mais completo da marca no País.
São cinco modos de condução: Auto, Snow, Sand, Mud, Rock (automático, neve, areia, lama, pedra), mais 4×4 Low, 4×4 Lock (bloqueio) e freio automático de descidas, também conhecido com HDC (Hill Descent Control), recurso que começou a ser usado pela Land Rover , na década passada. E tudo é controlado eletronicamente por um botão giratório no console central, de maneira fácil de rápida.
Mas por que o motor turbodiesel é o mais indicado para enfrentar trilhas, ou terrenos acidentados? Em linhas gerais, porque consegue gerar uma boa dose de força em baixos regimes de rotação (importante para encarar subidas e demais obstáculos) , já que tem alta taxa de compressão (16,5: 1), commom rail (linha de combustível que distribuiu combustível para cada cilindro) e turbina de baixa inércia com rotores de cerâmica entre os principais componentes. Na prática, são 35,7 kgfm de torque máximo a meros 1.750 rpm.
É pisar um pouco mais forte no acelerador para o carro responder com vigor, mostrando o conjunto harmonioso formado pelo motor 2.0 turbodiesel com o sistema de transmissão com caixa automática (feita pela alemã ZF) de 9 marchas. Sem dúvida, o conjunto mecânico é o grande destaque do Renegade Moab, que é baseado na versão mais em conta do SUV, a Sport.
Não é só nas trilhas que o Moab vai bem, no asfalto também. Vale ter certa cautela com vão livre do solo de 21,6 cm, mas há controle eletrônico de estabilidade e direção com assistência elétrica, leve nas manobras e que vai ganhando peso conforme o aumento da velocidade. O ruído característico do motor turbodiesel não chega a atrapalhar e também não há vibrações incômodas.
Afora os ganchos para reboque nos para-choques e as rodas de liga-leve de aro 17, pintadas de preto e calçadas em pneus de uso mais voltado para o asfalto (215/60R 17), o Jeep Renegade Moab (nome do deserto deserto de Moab, que fica no estado de Utah, nos EUA, um dos paraísos dos adeptos das trilhas off-road) tem detalhes mais simples que nas demais versões a diesel do SUV, a Longitude (R$ 156.590) e a Trailhawk (R$ 168.890).
Por fora, já começa pelos faróis e lanternas sem LED. Tudo funciona com lâmpadas convencionais. Além disso, as carcaças dos retrovisores e as maçanetas das portas não vêm com pintura da mesma cor do carro e grade dianteira não conta com contornos cromados. No interior, os sinais de simplicidade começam com os bancos de tecido e com volante sem revestimento de couro, bem como pela central multimídia de 7 polegadas no lugar da de 8,4 das versões (Longitude e Trailhawk) entre as diferenças.
No dia a dia, porém, são itens que não fizeram tanta falta. Além disso, o carro vem com um pacote interessante de itens de série que inclui câmera de ré, ar-condicionado digital com regulagem independente de meio em meio grau, faróis auxiliares de neblina, sensores no para-choque traseiro para ajudar nas manobras de estacionamento, banco traseiro bipartido, entre outros equipamentos.
Embora tenha aumentado um pouco de tamanho, o porta-malas do Renegade ainda continua apertado para um SUV. São apenas 320 litros, mas sem rebater os encostos dos bancos traseiros. Fazendo isso, é possível até levar uma bicicleta de aro 29, contanto que apenas os dois bancos dianteiros sejam ocupados.
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Conclusão

Quase sem novidades no visual desde o lançamento, há quatro anos, o Jeep Renegade continua indo bem nas vendas entre os SUVs compactos, com o segundo lugar em 2020 no segmento, atrás apenas do VW T-Cross . Uma das estratégias que têm dado certo fica por conta das versões especiais, como a Moab, que nos pareceu estar com a receita adequada.
Ficha técnica
Jeep Renegade Moab 2.0 Diesel
Preço: R$ 146.590
Motor: 2.0, quatro cilindros, turbodiesel
Potência : 170 cv a 3.750 rpm
Torque: 35,7 kgfm a 1.750 rpm
Transmissão: Automático, nove marchas, tração 4×4
Suspensão: Independente (dianteira e traseira)
Freios: Discos ventilados na dianteira e disco sólido na traseira
Pneus: 215/60 R17
Dimensões: 4,23 m (comprimento) / 1,81 m (largura) / 1,71 m (altura), 2,57 m (entre-eixos)
Tanque : 60 litros
Porta-malas: 320 litros
Consumo: 10,1 km/l (cidade) /12,5 km/l (estrada)
0 a 100 km/h: 9,9 segundos
Vel. Max: 190 km/h


CARROS E MOTOS
O que donos de seminovos nacionais da Ford devem fazer? Especialistas opinam


A notícia de que a Ford estava fechando suas fábricas no Brasil após 101 anos produzindo veículos caiu como uma bomba na indústria automotiva no começo de 2021. Cerca de 5 mil trabalhadores perderam seus empregos, levando as cidades de Camaçari (BA) e Horizonte (CE) ao desespero. Neste cenário, milhões proprietários de veículos nacionais da Ford também ficaram assustados.
Afinal, o que donos de Ka , Ka Sedan ou EcoSport devem fazer agora que a fabricante descontinuou os modelos no Brasil? A reportagem do iG Carros consultou especialistas do mercado automotivo para entender qual é a melhor iniciativa a ser tomada nos próximos meses.
Paciência

O consultor Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive, afirmou que no primeiro momento, é natural que proprietários de carros nacionais da Ford fiquem assustados, mas ressalta que o mercado irá se ajustar em breve .
“Se o proprietário vender o carro agora, no calor do momento, pode perder dinheiro. Se esperar alguns meses, vai ver que continua inserido no mesmo mercado de antes”, afirma Garbossa à reportagem do iG.
“É preciso ter paciência para não tomar atitudes precipitadas. Você comprou o carro porque gostou. Ele te atende, e isso é o que importa”, continua o especialista. “Use o carro. Na hora que for vender, você vai se encontrar no mesmo mercado de sempre”.
Paulo Garbossa também ressalta que Ka, Ka Sedan e EcoSport continuam bem servidos de peças de reposição , independentemente de terem saído de linha. “Tome o Celta como exemplo. Ele foi descontinuado pela GM há muitos anos, mas a demanda por ele nunca caiu. No mercado, não faltam peças do Celta. Isso também acontecerá com os seminovos da Ford”, finaliza.
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Desequilíbrio entre oferta e demanda

A KBB Brasil, analista de preços de carros novos e usados, ressalta que apesar da provável diminuição da rede de pós-venda da Ford , a companhia não vai deixar de atender seus clientes com as concessionárias que permanecerem.
“Já para quem está querendo trocar de carro, o ideal seria esperar o impacto da notícia arrefecer para mitigar os possíveis efeitos de maior desvalorização que estes modelos estariam sofrendo atualmente, já que pode haver um desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Quanto maior for o volume de pessoas querendo vender seus carros , maior pode ser o efeito de desvalorização”, informa a KBB.
Reserva financeira

A InstaCarro, plataforma que faz intermediação de vendas de carros seminovos, avalia que o proprietário deve levar em conta o momento peculiar do Brasil em 2021, com crise econômica e pandemia fora de controle . “Pensando racionalmente, o ideal seria manter o veículo ou vendê-lo para ter uma reserva financeira. Comprar outro ainda não. Isso vale para donos de Ford ou de qualquer outra marca”, diz a plataforma.
Os analistas de mercado da InstaCarro avaliam que o primeiro ano sem fábricas no Brasil será determinante para o andamento das operações da Ford ao longo da década . “Mesmo que tudo funcione perfeitamente e ninguém fique desamparado, os veículos usados da marca certamente cairão de preço. Não há o que fazer. Por caírem de preço, acreditamos que eles serão ainda mais procurados.”
Comportamento do mercado

Para Luiz Cipolli, analista de valor de revenda da Agência AutoInforme, a tendência é que consumidores que estejam com medo do mercado vendam seus veículos por preços entre 10% e 20% abaixo da Tabela Fipe , mas até o momento, isso não está acontecendo com proprietários de modelos Ford.
“Observando o comportamento de donos de Ka, Ka Sedan e EcoSport nos classificados online, vemos que os modelos não sofreram desvalorização além da esperada desde que a montadora saiu do Brasil ”, diz o especialista, que lembra que a depreciação do valor de modelos da Ford já era maior que a da concorrência mesmo antes da fabricante optar por deixar o país.
Sem pânico

Luck Lima, especialista comercial da Carupi, plataforma online de venda de veículos, diz que a Ford continua sendo referência no mercado independentemente de ter fechado suas fábricas. Vender o veículo agora pode transparecer pânico , e o consumidor pode ser passado para trás na negociação.
“A Ford continua presente e comprometida por meio de suas concessionárias e pontos de serviço a realizar as manutenções, fornecimento de peças, honrando as garantias e quaisquer outros serviços relacionados aos veículos no Brasil”, avalia o executivo.
“A Ford foi bem clara a respeito da razão estratégica de sua decisão. Se os produtos colocados no mercado, pela marca, forem consistentes com a tecnologia e performance de seus concorrentes, não há razão para uma queda na confiabilidade ou no posicionamento de marca da empresa ”, finaliza.
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